do ever feel like a plastic bag

Há muito muito tempo, eu estava na janela de um ônibus, provavelmente voltando para casa da faculdade, e algo banal me chamou atenção, uma sacola plástica voando pela estrada. Na época fiz menção de fazer um texto sobre isso, mas acabei perdendo a graça, até hoje. Novamente, a caminho da parada de ônibus, me deparei com uma sacola plástica branca voando ao vento e tive um epifania. 

Como diz o título desse texto, "você já se sentiu como uma sacola plástica?". Peguei esse trecho de uma música que gosto muito da Katy Perry, Fireworks. E na letra da música ela continua cantando, "vagando pelo vento, querendo começar de novo?". E, gente, ao ver aquela sacola plástica branca ao vento, refleti: quantas vezes somos nós como sacolas plásticas? Deixando se levar, pelo vento, sem destino, sem propósito? Nós não nascemos para simplesmente viver o lema: "deixa a vida me levar, vida leva eu". Não sei quanto a você, mas quando eu me sinto mais ou menos assim, me sinto perdida, inconformada, querendo recalcular a rota. 

Eu sei que não é fácil, uma vez que você está vagando ao vento, voltar a sua rota, ao seu propósito, você se sente sem valor, indigno, mas quero te dizer que sim, você pode voltar para o plano original. Sim, você pode começar de novo. Porque há misericórdia, há graça, há perdão, há transformação, há um plano perfeito, há vida nova para você! 

Você não foi feito para vagar ao vento como uma sacola plástica, você foi feito para brilhar suas cores, sua luz nesse mundo. Algo que eu aprendi com a série Anne With An E (Netflix), é que muitas vezes não é sobre aquilo que o mundo pode nos oferecer, mas aquilo que podemos dar ao mundo. 

Continue tentando, ainda que difícil, ainda que escuro. Te digo com certeza que a luz irá brilhar algum dia e seus dias serão brilhantes novamente. Que Deus te encha do amor dele e que o propósito, os sonhos dele para sua vida estejam gravados no seu coração. 

Com amor, Mari.